Gise e Rafa

Gise e Rafa

Sunday 27 November 2011

Cativar - A arte de Formar laços



“Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar... ambos precisaremos, um do outro”

Antoine de Saint-Exupéry

É interessante que muita gente cita frases de “O Pequeno Principe” o tempo inteiro como se fossem mantras e outros consideram o livro superestimado.

Bem, eu gostaria de falar sobre o verbo cativar, que o livro explica de uma forma bem interessante:

“E foi então que apareceu a raposa:
__Bom
dia, disse a raposa.
__Bom dia, respondeu polidamente o principezinho,que se voltou, mas não viu nada.
__Eu estou aqui, disse a voz , debaixo da macieira...
__Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
__Sou uma raposa, disse a raposa.
__Vem brincar comigo,propôs o principezinho. Estou tão triste...
__Eu não posso brincar contigo,disse a raposa. Não me cativaram ainda.
__Ah! desculpa,disse o principezinho. Após uma reflexão,acrescentou:
__Que quer dizer "cativar"?
__Tu não és daqui,disse a raposa. Que procuras?
__Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
__Os homens,disse a raposa,têm fuzis e caçam. É bemincômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
__Não,disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
__É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.Significa "criar laços...".
__Criar laços?
__Exatamente,disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual
a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas,nós teremos necessidade um do outro.Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
__Começo a compreender, disse o principezinho...Existe uma flor...eu creio que ela me cativou...
__É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
__Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
__Num outro planeta?
__Sim.
__Há caçadores nesse planeta?
__Não.
__Que bom. E galinhas?
__Também não.
__Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia:
__Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem
e todos os homens se parecem também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas,
minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
E depois, olha!Vês lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro.Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo,que é dourado,fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
__Por favor...cativa-me!disse ela.
__Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
__A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo,cativa-me!
__Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
__É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas,cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte, o principezinho voltou.
__Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens,por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!”

Antoine de Saint-Exupèry

Sim, cruzamos, encontramos e conhecemos milhões de pessoas durante os dias de nossas vidas e essas pessoas, em sua maioria, passam despercebidas ou, apenas, não interferem ou fazem diferença alguma para nós. Porém, o que dá sentido à nossas vidas e nos faz continuar seguindo em frente, são as que fazem diferença para nós. E como isso acontece, porque só algumas conseguem esse feito?

Se nos predispormos a abrir nossa guarda ou se tivermos interesse, podemos vir a ser cativados pelo jeito único de uma outra pessoa. Isso só acontece, entretanto se estivermos abertos a isso. Daí, essa pessoa, que poderia ser apenas mais uma qualquer no mundo, terá o poder de causar sentimentos na gente (bons ou ruins), porém, sentimentos: raiva, saudade, tristeza, alegria, amor, inveja, ciúme, carinho, respeito. E, necessitamos, sentir essas sensações para que lembremos de pessoas, para nos sentirmos vivos e conectados com o mundo.

Há pessoas que nos cativam ser perceber, com seu jeito geralmente autêntico, doce e cheio de atitude. Há outras que se esforçam, estão sempre lá p/ nos ajudar. De qualquer maneira, se ela conseguir nos conquistar, a levaremos conosco para onde quer que formos e ela nunca será esquecida. Sentiremos sua falta, choraremos de saudades de sua presença ou energia algumas vezes até.

E é isso que faz com que sintamos saudades de alguém. Não por ela/e ser uma pessoa bonita, inteligente ou que tenha qualquer outro predicado que seja considerado vantajoso ou ideal, mas sim por essa pessoa ter ido mais longe que as outras em nossos corações, por terem passado alguns momentos preciosos conosco que a tornaram únicas e importantes para nós.

Isso é realmente curioso pois é por essas pessoas que iríamos uma “extra mile”, que orientam o sentido da nossa vida e têm o poder de alterar nossos valores.

Entretanto, há, por outro lado, aquelas que passam por ti e não fazem o mínimo questão de te conquistarem e de serem conquistadas ou que, simplesmente, não o conseguem. Isso que define as nossas “tribos”.

Friday 9 September 2011

Pessoas 'Merda'

Esse é um jagão que eu inventei para me referir à pessoas que, apesar dos pesares, se acham, por algum motivo oculto, superior à alguma outra. Sabe aquelas pessoinhas que nunca tiveram nada na vida e quando tem a menor oportunidade de ter algo, pequeno que seja, testam espezinhar as que encontram em posições que consideram subalternas a elas (ou que se encontrem na posição que elas mesmas encontravam-se antes da pequena mudança)? Então, acho esse tipo de gente tão desprezível, que mesmo que tentemos ignorar, nos dá asco.

Sempre, em algum ponto da nossa vida, nos deparamos com algum exemplar dessa categoria. Infelizmente é assim. As pessoas têm que conviver com todo tipo de gente. Algumas mais evoluídas espiritualmente, outras menos. E espera-se que as evoluídas tenham paciência e aprendam e ensinem as menos experientes. Porém, às vezes a paciência estoura e o senso de justiça/injustiça fala mais alto.

Hoje conversei com meu noivo sobre isso, Ele me relatou casos de gente 'merda' que cansava de humilhar as pessoas que eram subordinadas a elas em ambientes de trabalho. Fiquei boba! Mas ainda bem, que, como diz a Coca-Cola, os bons são maioria. Porque o que eu realmente gostaria era de pegar toda essa gente que ainda destrata os outros ou que são arrogantes e fazê-las passar por tudo o que fazem os outros passar.

Bom, mas de onde eu tirei de escrever sobre esse assunto numa sexta-feira à noite? É que ao notar o comportamente de algumas pessoas que cruzaram meu caminho hoje (e têm cruzado desde o mês passado), fiquei peplexa, por tamanha a petulância que certas pessoas em seu jeito de tratar as demais, sempre cobrando coisas a mais ou mesmo por implicância ou como forma de amenizar algum problema de auto-estima e inflar seu ego.

Era esse o desabafo de hoje. Desculpe, mas é algo a ser repensado, o tratamento que damos a nosso semelhante. Boa noite!

CAMPANHA EM FAVOR DO NOSSO PORTUGUÊS


CAMPANHA EM FAVOR DO NOSSO PORTUGUÊS: ANSIEDADE se escreve com S; DESDE se escreve JUNTO; MENAS não existe; SEJE/ESTEJE também não; COM CERTEZA e DE REPENTE se escreve SEPARADO; MAIS é antônimo de MENOS, significa adição; MAS é sinônimo de PORÉM, significa contradição; A GENTE é separado, AGENTE, só secreto; COMIGO se escreve JUNTO. MIM não conjuga verbo, e quando uma coisa não tem relação com outra, elas não têm NADA A VER. Frases sem VÍRGULA e sem PONTOS ficam ininteligíveis e sem sentido (ou com várias interpretações) e o verbo geralmente CONCORDA com o sujeito da frase. Ou seja, se você não sabe escrever, pesquise antes de 'postar' algo online para milhares de pessoas, sem querer ofender.

Mesmo que você saiba de todas essas formas corretas, passe adiante; pode ser útil para outras pessoas e a Língua Portuguesa agradece.
Não diga:
Menas (sempre Menos)
Iorgute (Iogurte)
Ededron ( Edredon)
Mortandela ( Mortadela)
Mendingo ( Mendigo)
Trabisseiro( Travesseiro)
Trezentas gramas ( é O grama e não A grama)
Di menor, di maior ( é simplesmente maior ou menor de idade)
Cardaço ( Cadarço)
Asterístico ( Asterisco)
Beneficiente (Beneficente – lembre-se de Beneficência Portuguesa)

Lembre-se também:
Mal = Bem
Mau = Bom
A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA, que vem de germinar, nascer, brotar.
O certo é CUSPIR e não GOSPIR
O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
Se você estiver com calor, poderá dizer que está SUANDO e não SOANDO, pois quem SOA é SINO!
O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO.Plantas é que tem espinhos.
Homens dizem: OBRIGADO; Mulheres: OBRIGADA!
O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e NÃO HAJA VISTO.
“FAZ dois anos que não a vejo” e não FAZEM dois anos...”
O PROBLEMA... e não POBLEMA ou POBREMA(deixe isso para o Zé Dirceu)
A PARTIR e não À PARTIR.
Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, pra MIM comprar, MIM não conjuga verbo; apenas EU, TU, ELES,NÓS, VÓS, ELES.
Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com uma dó; a palavra dó no feminino é só a nota musical(dó, ré ,mi, etc)
As pronúncias:
CD-ROM é igual a ROMA sem o A.
Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc) – ROM é abreviatura de Read Only Memory – memória apenas para leitura...
HALL é RÓL, não RAU, nem AU.

E agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING:

Não é eu vou ESTAR mandando, vou ESTAR passando, vou ESTAR verificando, e sim eu vou MANDAR, vou PASSAR, vou VERIFICAR (muito mais simples mais elegante e CORRETO).

Da mesma forma é incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO?
Veja como é correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?

Por último, e talvez a pior de todas: Por favor, arranquem os malditos SEJE e ESTEJE do seu vocabulário.

E olha que dizem e escrevem coisas muito piores por aí...

Sunday 31 July 2011

Opções de Vida. Realidades Diferentes.

A vida tem tantas nuances diferentes. É ótimo se temos a possibilidade de escolher que caminho trilha e optar por um estilo de vida e, se não der certo, voltar atrás ou trocar o caminho. Porém, poucas pessoas possuem este privilégio.

Esses dias, me deparei no universo online, com um texto (ou melhor, um estudo de PNL - Programação Neurolinguística), que me chamou atenção. Especialmente por se tratar de assunto que me interessa muito, que são as diferentes realidades e como nos deparamos e encaramos as mesmas. Peço permissão ao autor, o PhD Roger Ellerton, para reproduzí-lo e comentar ao final do mesmo.

A ESTRUTURA DA REALIDADE


Roger Ellerton Ph.D.
O que é realidade? Por que é que algumas pessoas vêem algo como possível (dentro da realidade delas) e outras o desconsideram totalmente?

A sua percepção do mundo é a sua realidade.

Em artigo anterior (Modelo de Comunicação da PNL), examinamos como nós filtramos a informação baseada nas nossas crenças, valores, memórias, metaprogramas, etc. Como resultado dessa filtragem, nós temos uma percepção do mundo à qual chamamos de realidade. Existe um ditado que diz: "Se você quiser mudar a sua vida, você deve mudar primeiro a maneira como percebe a sua vida".
Para conseguir uma melhor compreensão da realidade e de como ela afeta as nossas vidas, considere o seguinte: suponha que o círculo na figura 1 representa todo o conhecimento possível - tudo o que já foi descoberto e tudo que será descoberto. Uma parte deste círculo representa ‘o que você sabe que você sabe’ - você sabe o seu nome, onde mora, etc. Outra parte do círculo representa ‘o que você sabe que não sabe’ - você sabe que existe algo chamado mergulho de profundidade, mas não sabe de nenhum detalhe ou como fazê-lo. Essas duas partes representam o que nós chamamos de realidade (ou a sua percepção da realidade). O resto do círculo é 'o que você não sabe que você não sabe’ e que, neste momento, está fora da sua percepção (realidade). Como isso não faz parte da sua consciência ou da sua realidade, não significa que não tenha nenhum efeito na sua vida. Por exemplo, até que eu lhe diga, você está ciente de que tem um novo revestimento estomacal a cada cinco dias (Deepak Chopra)?

Figura 1: a sua realidade e pisando fora dela

Quanto mais ampla for a sua realidade, mais escolhas você terá na vida.
Se você tivesse que sair da sua realidade para, digamos, o sinal verde (isto é, fazer algo que nunca fez antes e que não tem a mínima idéia do que irá acontecer), como você se sentiria? Por exemplo, se você nunca foi ao Japão, não viaja frequentemente, não sabe falar japonês e foi transportado, de repente, para uma esquina no centro de Tóquio, como se sentiria? Medroso, confuso, apreensivo, ansioso...? Ou pode descobrir que deu um branco na sua mente. (Se fizer parte da sua realidade viajar para lugares diferentes e experimentar a cultura local, você poderá experimentar isso de uma forma completamente diferente). Qual é a sua reação típica quando está medroso, confuso, apreensivo, ansioso...? Muitas pessoas retornam para algo que elas já conhecem e que percebem ser segura (a realidade delas) e encerram qualquer processo de exploração de novas idéias sobre o mundo ou sobre elas mesmos. Se você pretende expandir a sua realidade e o seu potencial na vida, acredito que seja necessário explorar ‘o que você não sabe que você não sabe’.

Um momento ‘sinal verde’

Quando os alunos nos nossos treinamentos de PNL descobrem algo novo sobre eles mesmos ou exploram as suas crenças e valores, algumas vezes, percebem que estão com medo, confusos, apreensivos, ansiosos... Eu chamo a atenção deles de que isto é um algo bom, pois significa que estão explorando novos aspectos deles mesmos – eles já sabem como podem ficar com medo, confusos, apreensivos, ansiosos... sobre algo! Como eles se tornam mais confortáveis explorando quem são e confiantes neles mesmos, é comum ouvi-los dizer: "Eu estou tendo um momento sinal verde" ou "Uau! Acabei de ter um momento sinal verde e aprendi algo muito valioso sobre mim ou sobre a maneira como percebo o mundo."
Na próxima vez que você se sentir com medo, confuso, apreensivo, ansioso..., primeiro tenha certeza de que está seguro, depois respire profundamente (muitas vezes tendemos a prender a respiração em momentos como esse o que só piora a situação) e examine tudo. Talvez você descubra novos insights sobre quem você é, suas crenças e seus valores, suas estratégias para conseguir o que quer na vida, ou como pode lidar com essa situação cotidiana de uma forma diferente e alcançar um resultado diferente mais desejado.

Percebendo a realidade de outra pessoa.
Suponha que você e eu crescemos em culturas diferentes, com religiões diferentes, com crenças e valores diferentes e, para efeito de argumentação, tenhamos percepções completamente diferentes do mundo. Essa situação é ilustrada em grau extremo na figura 2. Qual é a capacidade de nós concordarmos e trabalharmos juntos? Se nós dois nos apegarmos às nossas crenças, valores, etc., e não estivermos dispostos a explorar novas ideias (já conheceu alguém assim?), então é certo de que ficaremos discordando continuamente - e que graça tem isso? Por outro lado, o que aconteceria se você decidisse explorar a minha realidade – você não precisa concordar comigo, apenas considerar e respeitar que eu tenho crenças e valores diferentes dos seus e evitar julgar quais das suas crenças ou valores estão certos ou errados. No princípio, você até pode achar que a minha realidade é confusa (um momento ‘sinal verde’). No entanto, se você continuar a explorar a minha realidade, então você terá o potencial de expandir a sua realidade (mais escolhas na sua vida), me ajudar a ser mais tolerante com a sua realidade e explorar a possibilidade para que possamos melhorar a nossa comunicação mútua. Ao ser flexível na sua abordagem (ser capaz de explorar idéias fora da sua realidade), você tem o potencial de criar muito mais para si mesmo e ao mesmo tempo ajudar os outros. Não é essa a intenção dos especialistas organizacionais que dizem que devemos encorajar a diversidade no local de trabalho?

Figura 2: percebendo diferentes realidades

Como seria diferente a sua vida e os resultados que você obtém, se você aceitasse que os membros de sua família, seus colegas ou seus vizinhos veem o mundo de uma maneira diferente da sua (tivessem uma realidade diferente)? Tudo que você precisa fazer é escolher ser curioso e perceber as perspectivas diferentes deles.

O que você não sabe que sabe.

Observando a figura 1, você pode perceber que existe uma outra parte do círculo ‘o que você não sabe que você sabe’. Isso pode ter muitas interpretações. Por exemplo: memórias que você decidiu não se lembrar, ou crianças que são condicionadas culturalmente a assumir determinados papéis e não outros (os rapazes devem seguir os passos de seus pais ou as moças não podem fazer matemática ou serem engenheiras nem pilotos de avião...). Que impacto isso tem na sua realidade e nas suas escolhas na vida?

Inovação é explorar ‘o que você não sabe que você não sabe’.
Finalmente, vamos falar um pouco sobre inovação. Pode ser a sua própria inovação pessoal, a inovação no trabalho ou na sociedade. Referindo-se a figura 1, de onde viriam as idéias inovadoras? De ‘o que nós já sabemos que sabemos’? - Não! De ‘o que nós sabemos que não sabemos’? - Algum potencial para pequenos avanços. Ou entrando em ‘o que não sabemos que não sabemos’ ou ‘o que nós não sabemos que sabemos’? - Sim, é aí que reside a oportunidade para as grandes descobertas!

Roger Ellerton PhD é consultor certificado de administração, fundador e sócio gerente da Renewal Technologies. O artigo acima é baseado no seu livro "Live Your Dreams Let Reality Catch Up: NLP and Common Sense for Coaches, Managers and You".
O artigo original, em inglês, "The Structure of Reality" está no site da Renewal Technologies

Bem, este texto é extremamente interessante. Conheci, na minha vida, pessoas "from all walks of life", ou seja, de diferentes classes sociais, estados, cidades, países, continentes, raças, credos com diferentes valores, idéias, hábitos. E é impressionante como algumas pessoas (não digo todas, pois existem SIM, neste mundo, pessoas abertas à diferentes valores e idéias) acham que seus valores, crenças, costumes e hábitos são o que há de correto e melhor no mundo, preferindo ignorar que o que existe além dos limites do nosso umbigo, digo, do nosso 'universo particular' também possa ser tão ou mais interessante e perfeitamente correto. E não vêem que o aprendizado e a grandiosidade estáo além, estão no que não conhecemos, no que, às vezes, nem queremos saber, por puro preconceito.

Eu passei pelo meu maior momento 'sinal verde' quando decidi ir morar na Europa, sem nunca ter saído antes do país. Tive que enfrentar diversas situações diferentes à minha realidade anterior e adversas e encará-las de frente. Pois bem. Primeiramente, elas não me assustaram, mas foram bastante desafiadoras. Situações que, para mim, eram novidades ou desafios, pra outros eram comuns e rotineiras. Coisas como cozinhar todos os dias, se auto-sustentar sem a ajuda de ninguém e também não poder contar com nenhum tipo de ajuda para nada, nem afetiva (no início, quando não conhecia ninguém),encarar várias culturas e hábitos diferentes e ter que me adaptar à eles.

Houve uma ocasião, em uma casa habitada por brasileiros e que estávamos assistindo novela. Foi quando apareceu uma cena em que uma moça pedia à funcionária de sua mansão que lhe preparasse um sanduíche. Daí, um rapaz da casa comentou: "Que delícia. Eu também quero que façam um sanduíche para mim." No que uma menina respondeu, com um tom entre irônico e ressentido: "Ih, esquece. Essa não é a NOSSA realidade."
Como também não é a de milhares de outras pessoas. Bom, nem preciso dizer que essas mesmas pessoas estão vivendo em um país que não é o seu de origem atrás de uma diferente realidade à que estavam acostumados. Então, como as novelas da Globo adoram ressaltar, princilpalmente aqui no Brasil, nota-se muito essa diferença de realidades. Isso para não citar outros exemplos, como os de jogadores de futebol que saem, muitas vezes, de favelas muito pobres para se tornarem jogadores milionários internacionais.

Encontrei, durante a minha jornada até agora, muitas pessoas com diferentes realidades que preferiram se enclausuram em seus casulos e viverem como se estivessem presos a seus passados, habitos e costumes e recusaram-se a abrir-se a novos horizontes. Como também encontrei pessoas que estavam completamente abertas a novos pontos de vista e encontraram
um maravilhoso novo jeito de viver a vida.

Quando eu voltei, percebi o quão maravilhoso é poder ser dono de seu destino e poder optar por ir e vir, ser isto ou aquilo. Sim, porque a vida pode apresentar-se formas tão diferentes dentro deste mundo tão pequeno.
Enfim, há uma infinidade de vida a ser explorada. importante é estar aberto a conhecer outras formas de viver a vida para, aí sim, mesclar esse conhecimento e inventar uma forma nova para si.

Acho que isso é parte dos encantos de Londres, essa cidade maravilhosa que recebe e abriga milhares de pessoas das mais variadas origens, agregando e unindo.


Gisele.

Wednesday 20 July 2011

Próximos Temas


Bom, a partir de hoje vou tentar escrever uma série de textos sobre impressões minhas sobre determinados assuntos. Assuntos estes que serão dos mais variados temas. Esses pontos de vista que apresentarei resultam da minha observação de vida, principalmente durante e após minha vivência no exterior. Serão apenas palavras lançadas no papel, mas que compõem parte do que penso e sou (me tornei) como pessoa.

Pretendo escrever aleatóriamente sobre os seguintes temas:

1. Opções de Vida. Realidades Diferentes.

2. "...se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo." St-Exupérie.

3. O papel dos modelos na formação da personalidade.

4. Tradições: Porque e para quem são importantes.

5. A realidade virtual e real da vida moderna.

6. Preconceito. Por que ele existe e nunca sai de moda?

7. Independência Financeira.

8. Introversão e Extroversão.

9. A Teoria da Sociedade do Caos.

10. Meu filho, você nao merece nada.

11. O importante são as pessoas.

12. A política e os salários dos parlamentares brasileiros.

13. Depressão por Carência Afetiva.

14. Como Captar e Manter Sua Energia Vital.

15. Sabedoria x Humildade.

16. O importante é viver o presente.

Friday 1 July 2011

FIRST WORLD PROBLEMS



Achei este quadro online hilário. É uma leve ironia aos 'problemas' que temos que enfrentar hoje em dia.
Para descontrair.

Gisele

Monday 6 June 2011

As quatro leis da Índia

Bom, vou publicar um texto que chegou à mim via Facebook, mas que é conhecido mundialmente e é um ensinamento espiritual indiano que achei de extrema relevância. Acho que se aplica à todos e vale a pena refletir sobre ele. Abraço,
Gisele


As quatro leis da Índia:

A primeira diz: “A pessoa que vem é a pessoa certa“.
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

A segunda lei diz: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“.
Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: “Toda vez que você iniciar é o momento certo“.
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma: “Quando algo termina, ele termina“.
Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

Namasté!